SÃO PAULO – O Poder Executivo, por meio da Secretaria da Saúde, confirmou que Santa Bárbara d´Oeste (Região Metropolitana de Campinas) será um centro de referência para o recebimento e o armazenamento do soro antiescorpiônico. A decisão também atende reivindicação do deputado Edmir Chedid (DEM), que demonstrou preocupação quanto aos casos registrados no município.
O soro antiescorpiônico é produzido pelo Instituto Butantan e não é comercializado em nível nacional, sendo distribuído exclusivamente pelo Ministério da Saúde e pelo governo do Estado de São Paulo. “Desde o dia 23 de novembro, as ampolas estão disponíveis no Pronto-Socorro do Hospital Dr. Afonso Ramos, na zona leste, e estão sendo armazenadas em câmaras específicas”, completou.
Segundo o parlamentar, uma menina de 10 anos de idade foi picada pelo animal e morreu por não ter recebido a dose do medicamento, que estava em falta na rede pública municipal. “O fato ocorreu em novembro, quando o município não era um centro de referência para o soro antiescorpiônico. A estudante teve que receber uma dose que estava em Americana, mas não resistiu”, lamentou.
A reivindicação do parlamentar estava fundamentada num documento elaborado pelo ex-vereador Fabiano Washington Ruiz Martinez (Pinguim), que relatou o caso à Assembleia Legislativa (Alesp). “Sempre defendi a necessidade do soro antiescorpiônico a Santa Bárbara d´Oeste. Não podemos aceitar o falecimento da criança pelo simples fato de o município não ter o soro”, disse o ex-vereador.
Casos
A prefeitura informou que a aplicação do soro antiescorpiônico foi necessária em 0,6% dos casos de acidentes registrados em Santa Bárbara d´Oeste (conforme levantamento encaminhado à Secretaria da Saúde, entre 2003 e 2018). De acordo com o documento, em 99,4% dos casos as ações de bloqueio com medicamentos foram suficientes e alcançaram êxito na recuperação do paciente.
“As ocorrências de acidentes com escorpiões têm sido relatadas em diversos municípios do Estado de São Paulo. Por isso, é muito importante que todos estejam atentos às dicas da Secretaria da Saúde que podem resultar em mais segurança. Também é preciso denunciar todos os casos à prefeitura para que medidas de contenção sejam adotadas a fim de eliminar o animal”, finalizou Edmir Chedid.
Dicas
A população deve manter a casa limpa e não acumular materiais que possam servir de abrigo ao animal. Além disso, é preciso manter os ralos devidamente tampados; a instalação de sifões nas pias é outra medida que deve ser adotada pela comunidade. Em casos de acidente procure imediatamente pelo pronto-socorro mais próximo, pois é o único local preparado para esse tipo de atendimento.
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Anselmo Dequero
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