SÃO PAULO – A Revolução Constitucionalista de 1932 completará neste sábado (09) 90 anos. A resposta dos paulistas ao autoritarismo iniciado no golpe de 1930, responsável pela Era Vargas, gerou diversas reações em nível nacional. A data tornou-se feriado estadual em São Paulo. “Desde 1997, reservamos o dia 09 de Julho para relembrar a história e seus envolvidos”, disse Edmir Chedid (União).
De acordo com o parlamentar, esta data deve sempre ser associada à liberdade e ainda à imposição da vontade do cidadão que pensa no melhor para o Estado de São Paulo. “Na prática, o golpe marcou a decadência do regime do café com leite, uma época em que todo o poder se dividia entre os fazendeiros de São Paulo e Minas, respectivamente, e os votos eram de cabresto”, acrescentou.
Em 1930, o presidente Washington Luís foi deposto e o eleito para os próximos anos de mandato, Júlio Prestes, exilado. Naquele mesmo ano, Getúlio Vargas assumiu o chamado Governo Provisório, colocando fim à República Velha, conhecida pela famosa política do café com leite. “Esse fato histórico ocorrido no país ficou conhecido como Golpe de 1930 ou Revolução de 1930”, afirmou.
Getúlio Vargas, porém, demorou para organizar uma Assembleia Constituinte. Fechou o Congresso Nacional e nomeou interventores (governadores) aos Estados. “O interventor de São Paulo não agradou aos paulistas, que então iniciaram suas manifestações. As mortes de Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo (MMDC), em 23 de maio de 1932, foram o estopim da revolta paulista”, disse.
História
Em 9 de julho, os revolucionários paulistas decidiram pegar em armas e repelir as forças federais. De acordo com a história oficial, foram cerca de 35 mil soldados do lado constitucionalista contra cerca de 100 mil varguistas. A guerra civil trouxe um propósito a toda população. Durante a campanha “Ouro para o Bem de São Paulo”, famílias doaram dinheiro e ouro para o movimento.
“Na época, tinham desfiles infantis que exaltavam a bandeira do Estado de São Paulo. De fato, São Paulo caminhava unido, clamando por uma constituição ao povo brasileiro. O sentimento patriótico regional era unanimidade. A revolução deu aos paulistas um sentimento patriótico regional. Casais doavam suas alianças. Era uma honra para as famílias tradicionais paulistas”, comentou.
Edmir Chedid lembrou que havia desfiles militares infantis, a bandeira de São Paulo era espalhada pelos municípios. “No dia 1° de outubro de 1932, quase três meses após o início do conflito, os paulistas se renderam, pois já não tinham mais homens e mantimentos suficientes para as batalhas. Oficialmente, 934 vidas foram perdidas em combate; extraoficialmente foram cerca de 2,2 mil”, concluiu.
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Anselmo Dequero
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