SÃO PAULO – Os casos oficiais de febre amarela registrados entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano podem integrar a terceira onda do surto da doença no país, disse o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputado Edmir Chedid (DEM). No total, foram 36 casos oficiais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que fez o alerta às organizações governamentais.
O parlamentar garantiu que, com base nas informações da OMS, o país tem oito mortes confirmadas por febre amarela nesse período. Os casos se concentram em 11 municípios de dois Estados. “Em São Paulo, foram confirmadas infecções em Cajati (2), Cananeia (3), Eldorado (16 casos), Iporanga (7), Jacupiranga (1), Pariquera-Açu (1), Serra Negra (1), Sete Barras (1) e Vargem (1)”, complementou.
Além de São Paulo, o Paraná possui dois casos confirmados em Antonina e Adrianópolis. O local de infecção de um último caso confirmado ainda está sob investigação do Estado. “Na prática, segundo a OMS, o Brasil pode estar passando pelo terceiro surto de febre amarela, que nos traz muita preocupação. Afinal, há dois casos – Serra Negra e Vargem – registrados em nossa região”, comentou.
Entre os casos confirmados em humanos, 89% deles foram identificados em homens com média de idade de 43 anos e pelo menos 64% dos infectados são trabalhadores rurais. “Por isso, já solicitei ao governo estadual o empenho no trabalho de orientação à comunidade e de ampliação da campanha de vacinação em áreas consideradas de risco. É preciso que a comunidade apoie esta iniciativa.”
Números
Dados da OMS apontam que, na primeira onda de febre amarela registrada no país, entre 2016 e 2017, foram confirmados 778 casos em humanos e 262 mortes; na segunda onda, entre 2017 e 2018, foram contabilizados 1.376 casos em humanos e 483 mortes. O período classificado como sazonal ao aparecimento ou aumento de casos da doença no Brasil geralmente ocorre entre dezembro e maio.
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Anselmo Dequero
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