Felipe Feliciani, Hélio Favoretto, Agnaldo Dias, deputado Edmir Chedid, Edgar Jorge e Gilberto Piassa após reunião na Alesp.
SÃO PAULO – O Poder Legislativo admitiu nesta quinta-feira, 06/07, que deverá analisar a partir de agosto o projeto definido pelo governo estadual que prevê as construções das barragens no Rio Camanducaia, em Amparo, e no Rio Jaguari, em Pedreira (Circuito das Águas). Esta atividade será executada em atendimento à reivindicação apresentada pelo deputado Edmir Chedid (DEM).
Esta análise será realizada pelo Núcleo de Avaliação Estratégica (NAE), órgão vinculado ao Poder Legislativo, que deverá elaborar um relatório aos parlamentares sobre os impactos do projeto na comunidade. “Representantes políticos locais e da sociedade civil organizada dizem que 32 famílias terão que deixar suas casas devido às desapropriações para estas construções”, comentou.
Edmir Chedid explicou que também há uma preocupação quanto à segurança dos moradores e turistas que visitam estes dois municípios. “Membros da comunidade relatam a preocupação quanto às construções das barragens, visto que já registramos um grande desastre em decorrência da ruptura de uma dessas estruturas que foi construída no município de Mariana/MG”, completou.
O assunto foi tratado em uma reunião entre o parlamentar e os vereadores Gilberto Piassa e Hélio Favoretto, de Amparo; também participaram o presidente local do PSB, Edgar Jorge, e os representantes da sociedade civil organizada, Agnaldo Dias (morador da área que será desapropriada pelo Estado) e Felipe Feliciani (biólogo que já atuou no Conselho Municipal de Meio Ambiente).
“Precisamos relatar os sérios danos ambientes que as barragens poderão provocar em Amparo e Pedreira. No caso específico da que será construída no Rio Camanducaia, estimamos que os animais silvestres de médio e grande porte possam até deixar a região em busca de um habitat mais seguro, o que irá desequilibrar o ecossistema”, lamentou Gilberto Piassa, que também é biólogo.
Para o vereador Hélio Favoretto, a maior preocupação está relacionada ao valor e aos prazos das indenizações que deverão ser pagas pelo governo estadual a partir do processo de desapropriação das 32 famílias que vivem nas áreas que serão inundadas. “Não houve até o momento nenhuma avaliação para definir o valor das propriedades e a importância delas para o município”, concluiu.
NAE
As atividades do NAE terão apoio de parlamentares membros das comissões de Assuntos Metropolitanos e Municipais, de Defesa de Direitos e de Infraestrutura. Após o recesso parlamentar, os representantes da sociedade civil organizada deverão se reunir novamente no Poder Legislativo, a exemplo do que deverá ocorrer com os responsáveis do governo estadual por estas construções.
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Anselmo Dequero | MTB 29.034
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