Volume de água potável furtada da Companhia poderia abastecer quase 200 mil consumidores por um mês.
SÃO PAULO – O 2º secretário do Poder Executivo, deputado Edmir Chedid (DEM), declarou nesta terça-feira, 15/9, apoio à iniciativa da Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) que, entre janeiro e abril deste ano, já resultou na identificação de 11,1 mil casos de furto de água em municípios de sua área de atuação localizados na Grande São Paulo e Região Bragantina.
A constatação representa alta de 36% em relação ao mesmo período de 2014, quando houve 8,2 mil flagrantes realizados pela Sabesp. “É importante destacar que a Companhia cobra valor retroativo à tarifa pela água furtada e ainda pelo esgoto coletado. Além disso, o responsável pela fraude responde por crime de furto e pode pegar até oito anos de detenção”, disse Edmir Chedid.
Os 11,1 mil casos de furto representam 2,46 bilhões de litros de água potável que os fraudadores furtaram no período. “Este volume é suficiente para abastecer cerca de 200 mil pessoas durante um mês; é quase a população inteira de Bragança Paulista, Joanópolis e Serra Negra. No mesmo período do ano passado, o volume furtado poderia abastecer Atibaia por um mês”, comentou.
Edmir Chedid garantiu que o número de denúncias de fraude também aumentou neste ano, contribuindo para a alta nos flagrantes. “Em 2014, o Disque-Denúncia (telefone 181) recebeu 320 ligações relatando suspeita de furto de água. Neste ano, de janeiro a julho, são 902 relatos. Pelo telefone da Sabesp (195), entre janeiro e julho, foram 26.674 denúncias ante 38.052, em 2014.”
Preocupação
O parlamentar disse que quem furta água não se preocupa com o desperdício, pois imagina que não irá pagar pelo consumo. Fraudadores deixam torneiras abertas e não consertam vazamentos. Isso se torna mais grave diante da pior seca da história do Estado de São Paulo. O fraudador também prejudica os vizinhos, pois suga um volume de água muito maior do que o normal da rede.
A Sabesp possui 70 equipes de caça-fraude na Grande São Paulo e Região Bragantina. Os técnicos acompanham o consumo e vistoriam os imóveis quando há indícios de irregularidade. Em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, a Companhia realiza operações conjuntas com a polícia, para casos em que o fraudador impede a fiscalização e para prender os agentes fraudadores.
Do total de fraudes identificadas de janeiro a julho deste ano, 9.567 casos foram detectados em residências, 984 em estabelecimentos comerciais e outros 617 em imóveis de uso misto e indústrias. As fraudes em comércios, no entanto, geram um desvio muito maior de água por causa do tipo de consumo. “Essa prática precisa terminar e os culpados precisam ser punidos”, finalizou.
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Anselmo Dequero | MTB 29.034 SP
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