Regra da Anac poderá fechar Aeroclube de Bragança Paulista

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Edmir Chedid, Ricardo Volpe e representantes do aeroclube durante reunião na sede do Daesp, em São Paulo.

SÃO PAULO – O Aeroclube de Bragança Paulista (ACBP) poderá encerrar as atividades após 76 anos de operação no município em decorrência da alteração dos slots, modelos para a utilização das janelas de pousos e de decolagens, instituída pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A regra adotada aplicava-se somente ao Aeroporto Internacional de Congonhas, em São Paulo.

Diante dos riscos iminentes, que ainda poderão resultar na demissão de 62 profissionais de aviação que atuam em Bragança Paulista, o deputado Edmir Chedid (DEM) reuniu-se com o superintendente do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), Ricardo Rodrigues Barbosa Volpi, a fim de discutir medidas que possam resultar em alternativas à determinação da Anac.

A reunião também contou com a participação do presidente do ACBP, Pedro Itamar Ribeiro, do diretor de segurança do Aeroclube de Bragança Paulista, Waldemar Rocha Neto, dos assessores parlamentares Amauri Sodré e Mauro Garcia, e da advogada Conceição Motta. “Até o início deste ano, esta determinação valia apenas aos aeroportos de maior movimentação do país”, lembrou.

O parlamentar explicou que a decisão da Anac teve por finalidade melhorar o tráfego aéreo. “As companhias aéreas que acumulassem atrasos ou pouco uso dos slots perderiam o direito de operar em determinados horários. Em Bragança Paulista, no entanto, temos apenas o uso, em sua grande maioria, das aeronaves pertencentes ao próprio aeroclube, o que não justificariam os slots.”

O presidente do ACBP disse que essa medida é viável apenas em aeroportos que possuam tráfego muito intenso, diferente do que ocorre no município. “É preciso que os slots sejam revistos; por determinação da Anac, podemos ter quatro pousos/decolagens por hora em Bragança Paulista, inferior aos 10 pousos/decolagens registrados atualmente”, comentou Pedro Itamar Ribeiro.

Por se tratar de uma decisão em nível nacional, o Daesp sugeriu que este assunto seja tratado na Anac, no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) ou Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). “Será necessário uma proposta demonstrando que os voos dos alunos de Bragança Paulista não sejam incluídos nos slots”, finalizou Ricardo Rodrigues Barbosa Volpi.

Imagem | Disponível em Áudio

Reunião
Edmir Chedid e representantes do ACBP deverão participar nos próximos meses de uma série de reuniões com representantes da Anac, CGNA e Decea a fim de encontrar soluções às dificuldades iminentes em decorrência da exigência dos slots no município. A resolução surgiu após a boa conduta das empresas aéreas durante a Copa do Mundo no Brasil, preocupadas com as sanções.

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