Decrim diz que 83% de condenados não cumprem penas alternativas

Compartilhar

Penas alternativas também são instituídas a fim de se evitar a superlotação em presídios do Estado de São Paulo.

SÃO PAULO – O 2º secretário do Poder Legislativo, deputado Edmir Chedid (DEM), declarou na terça-feira, 14/5, que é bastante preocupante a confirmação feita pelo Departamento de Execuções Criminais (Decrim) de que 83% dos detentos em São Paulo não cumpriram penas alternativas impostas pela Justiça. As medidas, como o pagamento de compensação à vítima e os serviços comunitários, são adotadas para reduzir a superlotação de unidades prisionais.

As penas alternativas são aplicadas pela Justiça quando a condenação é inferior a quatro anos de prisão ou em crimes culposos, quando não há intenção de cometimento do crime. “O fato, que já foi noticiado pela imprensa, nos preocupa, pois 83% das punições não foram cumpridas fora da prisão em 2014 ante 75% dos condenados que deixaram de respeitar a decisão judicial há dois anos. É preciso rever a situação, cobrando para que haja maior fiscalização”, disse.

O parlamentar explicou ainda que existem três razões previstas pela Constituição Federal para que uma pena alternativa deixe de ser cumprida pelo condenado, como conversão para regime aberto, indulto presidencial e prescrição. “Em 2014, 30%  dos casos registrados representaram o perdão pela Justiça. Mas, diante da afirmação do Decrim, não podemos ignorar o fato de a grande maioria dos condenados ignorar o que foi imposto pela Justiça”, completou.

Em seu argumento à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o parlamentar explicou, no entanto, que as possibilidades de concessão de perdão para condenados ainda são “amplas e resultam à sociedade numa completa impressão de total impunidade. Os casos prescritos, por exemplo, chegaram ao ano passado a 24% em decorrência do volume de trabalho registrado pelos cartórios, que optam pelo cumprimento das penas de prisão”, garantiu.

Para oficializar sua preocupação, o deputado Edmir Chedid informou que irá elaborar um documento comum ao Ministério Público Estadual e às secretarias de Estado da Administração Penitenciária e Segurança Pública. “Espero que estes órgãos possam realizar uma avaliação a fim de se evitar que o percentual continue crescendo neste ano, bem como nos prestem auxílio na adoção de medidas pelo Poder Legislativo que evitem este tipo de atividade”, concluiu.

Disponível em Áudio

Acompanhe também pelo FacebookGoogle +Instagram, Twitter e YouTube.

Anselmo Dequero | MTB 29.034 SP 
assessoriadeimprensa@edmirchedid2.hospedagemdesites.ws
11.4033 2892 | 11.4033 6845

 

Rolar para cima
Precisa de ajuda?