Assessor de Tecnologia da Informação, Giovanni Pengue Filho, e o deputado estadual Edmir Chedid durante apresentação do projeto.
A Comissão de Transportes e Comunicações, presidida pelo deputado estadual Edmir Chedid (Partido Democratas), realizou nesta quarta-feira, 30, uma reunião com a finalidade de discutir a proposta do Sistema Ponto a Ponto, anunciado pelo Governo do Estado como alternativa à cobrança de pedágios em rodovias. A apresentação do sistema, com previsão de início de teste na Rod. Santos Dumont, foi realizada pelo assessor de Tecnologia da Informação da ARTESP, Giovanni Pengue Filho.
Imagem (Giovanni Pengue Filho)
Ele afirmou que a ARTESP (Agência Reguladora de Transportes Delegados do Estado de São Paulo) elaborou o sistema com fundamento em modelos operacionais adotados na Europa e nos Estados Unidos. “O modelo privilegia a cobrança por quilômetro rodado e não por trechos, como acontece atualmente. O valor da tarifa atual, de R$ 10, passará a R$ 4 com o sistema, beneficiando usuários dos municípios de Campinas, Indaiatuba e Itu, na primeira fase”, afirmou o assessor.
O Sistema Ponto a Ponto funcionará com a instalação de pórticos com antenas ao longo da rodovia. Estes equipamentos realizam a leitura automática de dispositivos colocados nos veículos, com a identificação e o registro de cobrança. Desta forma, o usuário do sistema viário pagará somente o valor proporcional ao trecho percorrido. Para a implantação do sistema, com a aquisição de tecnologias, o Governo do Estado reservou R$ 24 milhões do orçamento previsto para o próximo ano.
O assessor de Tecnologia da Informação, Giovanni Pengue Filho, declarou que a reunião da comissão foi fundamental para esclarecer as dúvidas de parlamentares e da sociedade. “Acredito que tenha sido importante esta apresentação por termos a oportunidade de expor o projeto do Sistema Ponto a Ponto, não só para os deputados, mas para a opinião pública sobre as suas diretrizes. Ainda existem muitas dúvidas e a agência estará sempre disposta a esclarecer da melhor forma possível”, disse.
Apesar da apresentação realizada pela ARTESP, os parlamentares consideram que faltam muitas respostas ao estudo, tais como o nível de impacto no mercado de trabalho, motivação do usuário para aquisição dos dispositivos que serão colocados nos veículos, modelos de cobrança e rotas de fuga. Também questionaram os critérios usados para chegar ao valor de cobrança. Diante das dúvidas a respeito do projeto, a comissão decidiu requerer à ARTESP mais informações.
“A cobrança por quilômetro rodado é um grande avanço. Não há redução no preço da tarifa, mas uma diminuição no valor cobrado para os usuários das rodovias. Porém, ainda queremos a redução e estamos trabalhando neste propósito. O modelo implantado é resultado de uma pressão da Comissão de Transportes e Comunicações e que ainda criará muita polêmica. Por isso, ouviremos todos os lados, pois há um novo debate para a cobrança de pedágio no Estado”, explicou Edmir Chedid.
Anselmo Dequero / MTB 29.034 SP