Gilberto Marques
Força-tarefa do Governo de São Paulo deflagrou operação para combater desvio de medicamentos oncológicos de alto custo da rede pública estadual.
O deputado estadual Edmir Chedid (Democratas) defendeu nesta sexta-feira, 18, a operação deflagrada pelo Governo do Estado de São Paulo para combater o desvio de medicamentos da rede pública de saúde. O trabalho está sendo executado pela Corregedoria Geral da Administração, vinculada à Casa Civil e integrada pelas secretarias de Estado da Saúde e da Segurança Pública, com a finalidade de coibir as irregularidades em relação aos medicamentos oncológicos de alto custo.
No início da operação, o parlamentar explicou que a corregedoria apreendeu 30 caixas de remédios oncológicos que estão avaliados em R$ 160 mil. Deste total, R$ 34 mil estavam em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, e o restante em Vila Isabel, na capital fluminense. O deputado estadual Edmir Chedid afirmou que apreensão foi possível em decorrência da participação da Secretaria da Segurança do Estado do Rio de Janeiro. “Trata-se de uma operação conjunta entre os Estados que já apresentou resultados positivos. Para se ter uma ideia, a polícia do Rio de Janeiro fez busca a apreensão em duas residências, duas distribuidoras e uma drogaria. Aqui, a operação foi realizada na zona sul da capital paulista”, comentou.
A investigação teve origem há seis meses na Corregedoria Setorial da Saúde, interligada à Corregedoria Geral na Secretaria de Estado da Saúde. Durante os trabalhos, a corregedoria passou a contar com o apoio do DPPC (Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania) e, a partir dos desdobramentos da investigação, com a participação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. “O governo está enfrentando esta modalidade de crime que se baseia na receptação daquilo que é subtraído do Estado de São Paulo. Desta forma, poderemos responsabilizar e punir todos os receptadores que prejudicam os doentes de câncer que dependem da rede pública”, explicou o deputado estadual Edmir Chedid.
Na primeira fase da operação, os medicamentos encontrados foram desviados da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e, no Rio, do Hospital Geral do Andaraí, Hospital Central da Polícia Militar e do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Entre os medicamentos desviados estão o Mabthera, Herceptin e Avastin. O custo de cada caixa desses medicamentos varia, em média, de R$ 1 mil a R$ 9 mil. A partir de agora, a Polícia Civil prosseguirá com a investigação para descobrir de que maneira os remédios foram desviados e para identificar os receptadores, que também poderão ser indiciados por formação de quadrilha. “Na Assembleia Legislativa defendo e apoio esta iniciativa pelo bem-estar dos doentes que estão em situação bastante debilitada por causa do câncer”, finalizou o parlamentar.
Anselmo Dequero | MTB 29.034 SP